Ocorreu nesta segunda (1), mais um Debate dos Presidenciáveis, desta vez no SBT, e que também contou com a organização da Jovem Pan, e da Folha. E mais uma vez foi pouco propositivo, muita frase pronta, muito do "jeito velho" de fazer política, inclusive de quem propõe o "novo", e desta vez, não resta outra alternativa, à não ser destacar a participação dos candidatos ditos "Nanicos", que foram diretos, firmes e objetivos (menos o candidato do PSC), e acabaram sendo mais propositivos que o candidatos "grandes", enfim, o que conduziu a atuação do debate por parte dos "grandes" foi desqualificar o adversário, eswtá pobre demais esse pleito.


Antes de analisar individualmente, gostaria de convidá-los à conhecer o viés propositivo de nossa cobertura eleitoral, o 1º texto do Reformas Necessárias, falou sobre; Reforma Política (Clique), um conceito bastante interessante, e cabe a concordância ou não. Agora sim, vamos as análises candidato à candidato.


Marina Silva (REDE/PSB)

Vejam, Marina se colocou numa posição semelhante a que tem se colocado, porém de uma forma mais direta na defesa e contra-ataque contra Dilma, o que não vimos no último Debate, também comentado aqui. O que incomoda é a forma genérica com que ela se coloca, falta objetividade, falta dizer o que fará, como fará, ao invés de tantas frases prontas, que nada tem à ver com o lema de "nova política", isso pode inclusive incomodar uma parcela importante de seu eleitorado, que é o eleitorado mais jovem. 

Outra coisa é que seu programa tem algumas contradições e propostas gravíssimas como a da independência (a entrega ao Mercado Financeiro) do Banco Central, (que é o que importa ao invés da demagogia), Marina foi confrontada com essa, e as questões demagógicas e rateou na defesa, isso pode lhe gerar algum prejuízo, mas não grande á ponto de tirar a sua boa condição de momento.

Eduardo Jorge (PV) 

Quem me conhece sabe, a postura dele no 1º Debate me decepcionou bastante (por que o conheço,e conheço o PV), mas ele neste debate foi muito bem, usou o seu tempo de forma adequada, sóbria, pôde se aprofundar mais nas ideias do que no Debate anterior, de uma forma á trazer uma melhor compeensão de sua plataforma (a concordância ou não é outra história), e penso que desta vez sim é possível qualificar a sua participação como pleiteando uma vitória, pela clareza, pela objetividade, pela propositividade.

Eu li algumas colunas dando à ele a vitória no Debate anterior, o que considero humorístico, ele pode ter vencido como Show Man, ele foi uma atração televisiva si, mas foi desta vez que ele se fez compreender e trouxe uma luz diferente ao eleitor.

Aécio Neves (PSDB)

Sinceramente, eu não vejo campo para a reversão do atual quadro por parte do candidato Aécio, que novamente eu qualifico como muito próximo do que foi FHC, centrado, com discurso progressista. Porém falta propositividade, falta objetividade, do mesmo modo que Dilma fala só dos acertos do Brasil, e é criticada por ele, ele fala de uma MG ilusória, afinal quem lá está vencendo é a oposição. 

O Debate proposto pelo candidato do PSDB consiste em convencer com palavras de ordem, que é preciso mudar por que Dilma é incompetente, e que ele é o cara pra isso, pois Marina não tem a capacidade de fazer o que ele teria feito em MG, é só isso Presidente? Pouco demais para virar o jogo.

Levy Fidelix (PRTB) 

Levy, é um figura quase que simbólica do pleito Brasileiro, ele sabe o que diz, fala demais em orçamento, o povo não compreende (infelizmente), mas ele é sim uma voz política, tem sim suas ideias e merece ser respeitado.

Foi duramente atacado por Kennedy Alencar, e soube como uma Raposa sair por cima e colocar o experiente Jornalista em saia justa, teve classe, se aproveitou de um excesso para colocar uma pulga na cabeça de quem assistia, afinal, assim como no futebol, todos pleiteiam a vitória, mas apenas um vence no final, e o que importa para os que perderam é disputar, e no caso da eleição, é discutir o país.

Nesse sentido ele mostrou que sabe o que faz ali,e encerrou muito bem a sua participação dizendo: "Eu sei que não vou ganhar, mas o que importa é discutir soluções para o país que amamos". Não vou defender aqui uma corrente "Pró-Fidelix", longe disso, mas quem assistiu e levou à sério a sua reação e sua declaração final, ficou com uma pulga atrás da orelha. É Democracia privilegiar a polarização política? Será que não precisamos de uma Democracia que provenha a igualdade de oportunidades?


Luciana Genro (PSOL)

Mais uma vez, a candidata do PSOL foi muito feliz no confronto contra os candidatos da "Elite", se colocando de uma forma dura, criticada por alguns, mas que eu vejo ser o que o PSOL espera.

O que me incomoda é o ideologismo, a DEMAGOGIA. Aborto não é método anti-concepcional, penso que ficar batendo nessa tecla, na tecla de privilégios à classes de forma insistente e colocando como tema central da discussão, são quase que um disparate, o Brasil está em ruínas e concentrar a discussão na DEMAGOGIA, não vai de encontro as necessidades da coletividade popular.


Everaldo (PSC) 

Vejam, o candidato Everaldo (sua alcunha não agrega em nada ao pleito) não tem nenhuma proposta, fica repetindo que vai: "Privilegiar a família como está na constituição", "Privilegiará o Estado Minimo". Oras, o Estado é Laico, (vejam, Laico é diferente de Laicista, sou Cristão também), sabemos a concepção BÍBLICA de família, mas temos de respeitar a pluralidade, ninguém vai querer casar gente do mesmo sexo em Igrejas Evangélicas ou Católicas, a lei, estabeleceu o direito de União Civil, e isso deve ser respeitado.  Há legislação vigente adequada para o Aborto, o Aborto não é método anti-concepcional, camisinha é, e precisa haver cada vez mais conscientização da sua importância, por que o Aborto interrompe uma gravidez pelo seu não uso, mas não impede Doenças Venéreas, é preciso conscientização e o poder público chegar as classes mais desprivilegiadas da população para um controle de natalidade humanizado. Aborto não é a brincadeira que as pessoas pensam ser, só quem já fez, ou conhece alguém que fez sabe. é algo muito sério que deixa marcas físicas e Psicológicas profundas, e tanto o ataque pelo ataque, e a defesa pela defesa da tese, são visões DEMAGÓGICAS, que nada contribuem para o Debate.

Enfim, o candidato Everaldo claramente não tem plataforma política, não tem ideias para o Brasil, e contribui para que a população veja o Evangélico, como um povo Xiita e dominador, é uma vergonha para o Cristão ter uma candidatura como essa, sem propósito nenhum, agregado a sua filosofia, vamos debater o Brasil, candidato.


Dilma Rousseff (PT)

Ah Presidente, é difícil, por que tu está perdendo o controle, tens apego demais ao cargo, e está desesperada com a possibilidade de perdê-lo. Saia do "Mundo de Bobby" e debata o país, a nossa situação econômica, os nossos desafios, não fique brava, não faça caretas e julgue desinformados, cada um dos que lhe indagar sobre a situação do país, o Brasil não é propriedade do PT, o Brasil é dos Brasileiros, o dinheiro não é propriedade do PT, é dos nossos impostos. Não jogue na cara das pessoas e dos adversários que investiu em A ou B, foi pouco, o dinheiro é nosso, e se tu fez mesmo tudo o que diz ter feito, não fez nem a obrigação, o PAC 1, teve apenas 30% de conclusão Presidente, tu não está acima do bem e do mal, ao contrário.

O desabafo feito acima reflete o aumento de sua rejeição, Lula não está conseguindo "hipnotizar" a população à ponto de fechar os olhos para a realidade e viver no mundo paralelo defendido pelo PT, o cenário é cada vez mais favorável à Marina, que também apresenta apenas discurso, convenhamos então que se assim é, a coisa está bem feia para o PT.

Outra coisa que rapidamente quero falar, é que a postura de Dilma é refletida na militância, gente fanática, que não aceita críticas, que ataca gratuitamente e sem propósito. O PT quer se apoderar do país? O Brasil é do POVO, jamais será de um partido, seja ele qual for. 


É isso amigos, nem dá pra discutir ideias colocadas, por que não foram colocadas, o debate foi um festival de ataques de todos os lados, até de jornalista à candidato houve ataque. O destaque vai para as participações de: Eduardo Jorge, Luciana Genro e Levy Fidelix, mesmo não levados à sério, usaram muito bem o seu tempo, e tentaram falar de propostas, na eleição menos propositiva de nossa história.

Discorda de minha visão? Com respeito e sem militantismo fanático, sinta-se livre para debatermos o debate!

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Foto: Folha.
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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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