Tigres aproveita qualidade técnica e coloca um pé nas quartas de final

Caros amigos, a Conmebol tem algumas peculiaridades com as competições que organiza: faz a estreia da Libertadores em um estádio com portões fechados (como foi Alianza Lima 0 x 4 Huracán pela fase pré-grupos) e abre sua fase de mata-mata com a partida de menor apelo tanto comercial como emocional.

Porém, ideias de marketing à parte, tivemos uma partida de bom nível no Estádio Olímpico Pátria.

Universitário Sucre 1 x 2 Tigres

Na noite desta terça, o Tigres ganhou a partida de ida, mesmo na altitude de 2810 metros de Sucre.

Começo alucinante, com pressão dos Rojos, embora estivessem com o uniforme alaranjado. No lance inicial, o atacante Castro tentou encobrir Guzmán, que deu um tapa na bola pela linha de fundo. 

No escanteio, ainda no primeiro minuto, o próprio Castro raspou - de cabeça - a bola no 1º poste e Ignácio González, atrás da marcação, cabeceou para o fundo do gol. 1 a 0 para o time de Sucre.

O técnico boliviano Julio Cesar Baldivieso montou um 4-4-2 que marcava bem e tinha boa distribuição no meio-campo - sobretudo quando De La Cuesta, o camisa 10, tocava na pelota.

Por outro lado, o brasileiro Ricardo Ferretti distribuiu sua equipe no 4-3-2-1.

O Universitário teve domínio por 20 minutos, contudo, confiou demais em sua defesa e se retraiu. Aos poucos, os felinos de Nuevo León foram adiantando as linhas e, mesmo aos trancos e barrancos, chegando à meta defendida por Robles.

Ao final da primeira etapa, um lance grotesco mudou o rumo da história. Guerrón, aniversariante do dia, irritado por não estar em uma jornada feliz, empurrou seu companheiro Pizarro. Na volta do intervalo, o equatoriano camisa 8 ficou nos vestiários para a entrada de Esqueda. Com a mudança, Ricardo Ferretti deu companhia a Rafael Sóbis no ataque.

Em 10 minutos, a alteração surtiu efeito. Sóbis se posicionou como meia e lançou Esqueda em profundidade. O atacante, em posição legal, driblou o arqueiro e rolou para as redes. Empate merecido.

Sete minutos depois, Arévalo Rios - aquele volante uruguaio ex-Botafogo - inverteu o lance, Álvarez dominou, cortou Cuellar - que ficou no chão - e bateu cruzado, virando o placar. 2 a 1 Tigres.

Dada a qualidade técnica da equipe, os mexicanos apenas administraram a grande vantagem que têm e não levaram maiores sustos.

Quem não viu a partida, neste link estão os gols da partida, com a narração em espanhol, da qual eu sou fã.

A decisão acontece na próxima terça-feira, às 23 horas, em Monterrey.