Caros amigos, estou de volta para comentar (brevemente, como sempre rs) a vitória do Chile por 2 a 1 no Peru. Em termos de dramaticidade, creio que tenha sido um dos três melhores jogos da Copa América até aqui.

Chile 2 x 1 Peru

A técnica chilena superou a garra peruana no Clássico do Pacífico. No lotado Estádio Nacional de Santiago, a Roja teve um confronto duríssimo diante dos bicolores, no entanto, a estrela de Vargas brilhou. O atacante do Valencia fez os dois gols que classificaram a seleção local para a decisão.

A posse de bola foi vermelha durante os primeiros 45 minutos. No 4-3-1-2, o Chile sentia-se pressionado no meio, devido à marcação forte e eficaz do Peru, que jogava no 4-2-3-1.

Os bicolores incomodavam bastante nas saídas em velocidade, sobretudo na movimentação de Guerrero e Farfán à frente. Tanto que, aos 8, o experiente camisa 10 acertou a trave direita de Bravo, após cruzamento de seu parceiro pela ponta esquerda.

Entretanto, a seleção de Ricardo Gareca, amado pela torcida palmeirense, sentiu um duro golpe quando Zambrano deixou as travas da chuteira nas costas de Aránguiz. 

O zagueiro foi expulso aos 19 – lembrando que ele já havia demonstrado nervosismo no início.

A intensidade característica da Roja aumentou. As trocas de passes em velocidade, também. 

Aos 33, o gol já poderia ter saído, em jogada incrível de Valdívia, finalizada por Vargas e bloqueada, espetacularmente, por Advíncula.

Porém, demorou mais 8 minutos para sair, de forma brilhante. 

Esticada de Vidal na ponta. Alexis Sanchez dominou e cruzou uma bola marota que, após corta-luz de Aránguiz, beijou a trave. 

Na sobra, Vargas (um pouco adiantado, isto é, impedido) bateu cruzado – em câmera lenta – e a bola morreu, mansamente, no fundo da rede. Chile 1 a 0.

Na volta do intervalo, Jorge Sampaoli tirou Díaz e Albornoz, para as entradas de Pizarro e Mena. Assim, a proteção da defesa – em especial pelo lado esquerdo – seria maior, pois naquele setor, Advíncula e Farfán organizavam as chances peruanas.

Foi por ali que, aos 14 minutos, Advíncula recebeu um passe de Guerrero e cruzou. Medel, na tentativa de cortar o cruzamento, mandou contra o próprio patrimônio. 1 a 1, merecido. Era o empate de um guerreiro time, ainda que o gol não tenha sido do centroavante do Flamengo.

Quatro minutos depois, Eduardo Vargas – o chileno – recebeu com liberdade e bateu bonito, de média distância. 

A bola flutuou e caiu no canto direito de Gallese. 

Acho, como bom goleiro que fui – nos tempos de colégio (e meia-boca que sou atualmente), que o arqueiro andino poderia ter feito coisa melhor no lance, mas enfim. 

Chile 2 a 1, sem tempo para pressão.

A partida ficou aberta, aliás, já estava desde que as equipes voltaram. Ricardo Gareca tentou melhorar o gás da Seleção, com uniforme à la River Plate, com as entradas de Pizarro e Yotún, porém sem sucesso.

Faltaram fôlego e pernas após 70 minutos correndo em dobro para suprir a ausência de um jogador. Os peruanos lutaram muito, contudo alguém precisava vencer a guerra – diferente daquela iniciada em 1879 (a do Pacífico), que buscava o controle de uma área no Deserto do Atacama.

Sobraram euforia e esperança à torcida chilena, depois de o árbitro trilar o apito.

O Chile busca a sua Copa América, seja contra a Argentina ou o Paraguai, no sábado, no Estádio Nacional. O Peru se despede um dia antes, em Concepción, no Estádio Ester Roa Rebolledo, contra o derrotado da partida de logo mais.

Para quem não viu o jogo, segue o link para acompanhar os golsChile 2 x 1 Peru

Detalhes: Chi, chi, chi. Le, Le, Le. Arriba Chile! A Seleção anfitriã não chegava à decisão desde 1987. Essa será a quinta vez no confronto decisivo.

Abajo Chile. As outras quatro finais acabaram em vice-campeonato, nos anos de 1955, 1956, 1979 e 1987.

Chegou a hora! Os chilenos buscam o primeiro título da competição. Pelo futebol apresentado até aqui, seria merecido.

Artilheiro. Vargas, com os gols marcados em Santiago, é o goleador da Copa América com 5 tentos.

Aqui é nossa casa. O Chile não saiu de Santiago nesta Copa América. Todos os jogos foram no Estádio Nacional, onde geralmente a Seleção manda suas partidas de Eliminatórias. A final de sábado também será na capital.

*Imagens: Jornal O Globo e Site oficial da Copa América

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