Dia 23 começou a campanha eleitoral para os municípios e ontem, como de tradição, foi realizado o primeiro debate entre os candidatos a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro na TV Bandeirantes.
Apesar de ser um debate municipal, os assuntos
relacionados ao processo de impedimento da presidente Dilma Roussef e
ideológicos se tornaram o ponto negativo, pois foram feitas de ataques e
ofensas entre os candidatos, tirando isso alguns e poucos pontos foram comentados
pelos candidatos, sem comentar o ocorrido com Flávio Bolsonaro após passar mal
no meio do debate e sobre o que ocorreu após com a Jandira Feghali ao tentar
socorrer o candidato.
Mobilidade: É
um dos grandes problemas da cidade do Rio de Janeiro e nos últimos anos pouco
se mudou e muito se criou. A criação do VLT e do BRT pode até sido algo
positivo, mas infelizmente não passa pela cidade toda e algumas regiões como
nos bairros de Bangu, Realengo e Marechal Hermes não foram beneficiados e, além
disso, algumas linhas de ônibus foram cortadas e reduzidas obrigando os
usuários de utilizarem o BRT e maiorias das oportunidades pegam até três ônibus
para chegaram no lugar desejado.
Algumas pautas foram comentadas, principalmente a
polêmica envolvendo entre o táxi e o uber, além do transporte alternativo como
as vans, que chegariam às comunidades mais distantes em integração ao BRT e a
linhas ferroviárias como trem e metrô. Outra pauta citada foi a ampliação da
Transbrasil, que ainda está em obra e a criação da transuburbana, ou seja,
seguem na política de criação, mas não de melhoramento, assim como os problemas
nas linhas de ônibus, que em alguns lugares estão em situações precárias,
enquanto outras regiões tem uma estrutura superior como ônibus com Ar
Condicionado. A mobilidade é muito importante para a cidade e não pode ser
tratada como fonte de ganhar votos e dinheiro, como tem acontecido nos últimos
anos.
Educação: A
educação foi um dos temas menos debatidos, porém foram citados alguns temas
como a contração de professores na educação especial onde pouquíssimos foram
chamados do ultimo concurso e o horário de período integral, tão comentado pelo
os candidatos. Outro fato citado, contratação de 15 mil professores, além da
integração ao esporte e ao meio ambiente, fora isso, poucas pautas em relação a
educação foram citadas.
Habitação: Muitos
citaram o Porto Maravilha, alguns foram direto citando que foi uma região criada
para a especulação imobiliária. Outros citaram a importância de gerar moradias
e empregos na região da Leopoldina, Avenida Brasil e na Zona Oeste para que a
escolha seja das pessoas e não do mercado, além da melhoria nas comunidades
mais carentes.
Segurança:
Segurança foi a pauta mais comentada entre os candidatos e nas redes sociais,
se tornando o tema principal no debate. Os candidatos falaram de como podem
melhorar essa como armar a guarda municipal e o uso de pequenos delitos, não só
como reepreção ao comércio informal que são os camelôs. Outros citaram em
investir em educação para investir também na segurança e outros em criar uma
parceria com outras forças de seguranças, além de melhorar a iluminação da
cidade deixando as ruas mais seguras e cheias.
Colocadas essas observações sobre o pouco que se debateu
de prático, vamos a análise de cada candidato.
Marcelo
Crivella (PRB): Apesar de alguns ataques, Crivella focou em
investir nas áreas mais pobres, convocar os professores na educação especial no
ultimo concurso, integrar todas as forças de segurança, além de propor que a
Guarda Municipal seja mais ativa em relação a pequenos delitos e não somente
retirando mercadorias dos camelos, porém negou o uso de armas, como outros
candidatos. Ele também rebateu os ataques e relembrou as eleições em que foi
derrotado por Pezão, além de relembrar o escândalo da merenda na cidade.
Flávio
Bolsonaro (PSC): Filho do presidenciável Jair Bolsonaro, o
cândida participou somente da metade do debate até passar mal e ser retirado do
debate, mas fez pouco no debate, falando apenas em armar a guarda municipal. A
única parte positiva do candidato foi a legalização do UBER e sobre o
transporte alternativo que facilitaria o acesso nas estações ferroviárias como
trem e metrô.
Jandira
Feghali (PC do B): Parece que a intenção da candidata do PC do
B é nacionalizar a campanha. Parece que ela falou golpe mais vezes que o Los
Hermanos na música Pierrot. Não mediu ataques contra os adversários que votaram
a favor do impedimento da Dilma, além de rebater as vaias da plateia. Os pontos
positivos foram apenas na questão de revitalizar a zona da Leopoldina e o passe
livre social que deverá ser o principal tema da sua campanha, além de lutar
contra os empresários do ônibus.
Calos
Osório (PSDB): Pouca representatividade nos debates e
muito ataque. Não soube responder as falhas dos transportes, onde foi
secretário na gestão do Eduardo Paes e resolveu atacar seu antigo chefe como se
não fizesse parte dele.
Índio
da Costa (PSD): Falou nada de útil, apenas atacou,
lembrando que o Crivella é sobrinho do Macedo e da sua gestão como ministro da
pesca. Enfatizou falando em segurança como a criação de mais uma secretaria,
foi mais um em querer legalizar o UBER e também atacou os empresários de
ônibus.
Alessandro
Molon (Rede): Sem dúvidas foi o melhor do debate. Não
sofreu ataques, não utilizou a imagem da Marina, que talvez trará mais votos e
conseguiu em meio de ataques apresentar propostas. Suas pautas são criar uma
economia criativa focada na cultura, uma gestão com transparência junto a
população. Falou em investir na educação como forma de investir também em
segurança, além da melhoria das ruas com ruas iluminadas, além de defender
moradia próxima ao trabalho, prometendo emprego na Zona Oeste e revitalizar as
Zonas Urbanas.
Pedro
Paulo (PMDB): Foi atacado em todos os lados e manteve a
postura de todo candidato do partido. Falou do legado das olimpíadas, do BRT e
do VLT, mas não falou algo de inédito ou alguma forma de melhorar a cidade. Falou em
contratar novos professores, além de novas escolas do amanhã e colocar em período integral, comentou sobre a ampliação da Transoeste, que nem pronta
está, para Santa Cruz e da Transuburbana de Sulacap ao Centro. Não falou sobre
as áreas abandonadas na gestão Paes e apenas falou o mundo de fantasia do Rio
de Janeiro que só ele vive.
Marcelo
Freixo (PSOL): Fora do debate devido a regra da
minireforma, Freixo fez um debate na Cinelândia e a hastag #FreixoNoDebate foi
uma das mais comentadas no twitter. Focando no que ocorria no debate da TV. Em
suas pautas, criticou a dupla função dos motoristas de ônibus e a queda de
empregos na área, falou em capacitar os taxistas e criticou a exploração brutal
que sofrem, mas também defendeu a legalização do Uber, além de apresentar
propostas para educação, saúde e saneamento básico, mas foi menos enfático em falar
de mobilidade.
Sobre a legislação que não teve a participação do Marcelo
Freixo, o STF emitiu um novo decreto que os canais podem chamar os candidatos
com representatividade nos debates, sem aprovação de outros candidatos, assim,
Marcelo Freixo deverá estar nos debates dos próximos canais.
Não sei se a partir desse debate poderá ter algumas
mudanças ou estratégias, mas creio que a política nacional e o resultado do
impedimento de Dilma Roussef pode atrapalhar alguns candidatos, além da
rejeição de outros candidatos por questões ideológicos e outras questões. Não
sei se esses debates influenciarão por exemplo as próximas pesquisas e ver se
algum nome terá algum crescimento, mas
ainda é cedo de planejar quem chegará ao segundo, já que será bem nivelado e
dependendo do que acontecer nos debates, tudo pode acontecer.
Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) é
fundador e editor do blog Futebol Retrô. Escritor, graduando em
História. Ama futebol, política, escolas de samba e um bom papo de
botequim.
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