Vamos acompanhar semanalmente o mandato do prefeito tucano João Dória à frente da Prefeitura de São Paulo. O Gestor, como ele bem frisa, terá muito trabalho no comando da maior cidade da América Latina, e estaremos atentos a todas as suas ações. Portanto, todo sábado, traremos aqui um compilado do que o mandatário realizou em suas atribuições.

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34ª Semana De criança “marcada” à Tapa-Buraco na Barra Funda 


Quando na semana passada a notícia de que havia restrição na merenda escolar da rede pública municipal, com a denúncia de que estudantes estavam sendo “marcados” com caneta esferográfica azul, como forma de controlar o número de porções de bolachas, achocolatado, lanches e frutas distribuídas, Dória preferiu não dimensionar o caso. Mas o fim de semana remoeu o tema, que estampou o Agora de sábado (19) e figurou no SP1 da TV Globo de segunda-feira (21), e obrigou a Prefeitura explicar quais tinham a alterações feitas pela pasta de Educação neste 2º semestre. De acordo com Dória, que no sábado (19) reuniu em sua casa todo o secretariado e presidentes de empresas públicas para um almoço, acredito, sem preocupação quanto à alimentação industrializada, as mudanças fazem parte do “combate a obesidade infantil”. 

Somente o contrassenso desta gestão para explicar a negação de alimento a crianças que, em muitos casos, tem na merenda escolar a única alimentação diária. A Prefeitura, assim como a política “cool” do neoliberalismo, tornou-se um instrumento legal para a implantação de políticas obsoletas que visam unicamente o individualismo difundido pela falecida “dama de ferro”, Margaret Thatcher, em tornar o Estado inerte, sem autonomia, repassando a responsabilidade sobre os ombros do individuo, povo ou família. Dória iniciou sua jornada pós-Thatcher restringindo o uso de equipamentos públicos por estudantes da periferia quando reduziu o modelo de Passe Livre Estudantil e agora com a proibição de alimentos, mesmo que somente os industrializados, como a Prefeitura se defende. Passou da hora da Prefeitura atuar como tal: questionar um prefeito que passa seu tempo em palestras (meio pelo qual Dória alimenta sua receita mensal, já que doa seus vencimentos mensais) e viajando em uma espécie de pré-campanha à Presidência da República ano que vem, e que se nega a usar o instrumento democrático do plebiscito para entender a posição da opinião pública sobre os planos de desestatização proposto pelo prefeito.

Se não houver atuação pública, encerraremos o primeiro ano daquele que veio “fora” e que se negava a ser denominado pelo termo “político”, assim como os piores prefeitos, políticos, que já administraram o Edifício Matarazzo. Sem novos hospitais, UBS e ações intensas na saúde, Dória caminha para o final do ano agarrado a propostas questionáveis, para não dizer bizarras, como a suposta preocupação com a obesidade infantil.

A semana foi marcada pela 4ª demissão no secretariado de João Dória. Desta vez, o vereador e, agora, ex-secretário de Verde e Meio Ambiente, Gilberto Natalini (PV), foi vítima do lobby empresarial que circunda esta administração. Enquanto para o prefeito a demissão não passa de uma atualização, há fortes indícios de que a saída de Natalini está indiretamente ligada ao esquema envolvendo servidores públicos e empresários, divulgado pela rádio CBN, há três semanas. Segundo a própria rádio CBN, assim que a reportagem foi ao ar, Natalini iniciou uma espécie de pente-fino na pasta de Verde e Meio Ambiente com o objetivo de evitar problemas, como o escândalo, e isso não foi muito aceito por empresários, especialmente os do setor imobiliário. Ainda de acordo com a CBN, o temor de que esquemas envolvendo facilidades na pasta seriam descobertos, fizeram o prefeito trocar seu 4º secretário em pouco menos de 8 meses de administração.   

O prefeito e paisagista João Dória, em parceria com os cartões “ELO”, reinaugurou a fonte do Parque Ibirapuera, e, por meio de outras parcerias com a iniciativa privada, desta vez com os sabonetes “Francis”, ele pretende remodelar os viveiros do mesmo Ibirapuera e Parque do Carmo. Durante a semana, Dória intensificou a promoção do Trabalho Novo, programa que capacita e emprega moradores em situação de rua, em almoços, palestras e reuniões. O prefeito recebeu representantes da “Casas Bahia” na Prefeitura, almoçou com empresários do CIEE e, em palestra, esteve em Vitória e Vila Velha, divulgando os dito trunfos do programa. Hoje a Prefeitura diz que são 1.171 pessoas empregadas pelo Trabalho Novo. Em julho, a mesma Prefeitura dava conta de 2.425 pessoas capacitadas a concorrer às vagas disponibilizadas pelas “empresas parceiras”. Há meses Dória martela que as parcerias renderam 10 mil vagas à Prefeitura, mas somente estes 1.171 estão empregados.

Na quarta-feira (23), a Prefeitura lançou o aplicativo do Projeto Redenção para auxiliar no fluxo (espero) mais transparente dos trabalhos de combate ao tráfico de entorpecentes e na ressocialização de dependentes químicos da região da Cracolândia, no Centro. O app conta com algumas funcionalidades, entre elas a seção de desaparecidos, agora, integrados sistema de dados da Prefeitura e do projeto. Ainda quarta-feira (23), Dória viajou ao Espírito Santo para receber mais uma honraria em “título de cidadania”. O prefeito esteve com o governador do estado, Paulo Hartung (PMDB-ES), e visitou as sedes da TV Gazeta, afiliada da Rede Globo naquele estado, e do jornal A Tribuna, na capital Vitória. O título de cidadão foi dado pela segunda maior cidade do estado do ES, Vila Velha. Desta feita, Dória já soma 3 títulos em um universo de 5.570 (número de munícipios) possíveis. Ele só não conseguiu um quarto título, porque a Comissão de Administração da Assembleia Legislativa de Minas Gerais não aprovou um pedido do deputado estadual Gustavo Corrêa (DEM-MG), em presentear o prefeito João Dória com o título honorário de cidadão mineiro. 

No Olho no Olho desta semana, o publicitário e apresentador Otávio Mesquita fez a vez de um especialista sobre os assuntos da cidade. 

O prefeito João Dória encerrou a semana tapando buracos na Zona Oeste da cidade. Dória, após um dia de reuniões com empresários alemães e com o prefeito da capital portenha, Buenos Aires, passou parte da noite de sexta (25) interpretando, sem muito brilho e trajado com um macacão alaranjado, um funcionário da Prefeitura pelo programa Tapa-Buraco, desta vez, na Av. Matarazzo, Barra Funda.   

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Assista e compartilhe a reportagem especial que foi em três - das cinco - regiões da capital para contar a vida de nordestinos.



   
 
 
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Claudio Porto

Jornalista independente.

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