Amigos! Nação Corinthiana! Estou muito feliz e emocionado, além, claro, pelo título e por ter este espaço. Mas é uma emoção inenarrável transmitir (de forma séria, profissional) os jogos do Corinthians e desde que iniciamos no Dérbi a parceria com a Web Rádio Gol & Rock (clique) foram quatro jogos, todos do Corinthians (fui escalado, me escalei, enfim) e quatro vitórias, a de hoje do título, em breve a íntegra no Canal Gol & Rock no Youtube (Clique) desta partida, mas claro, comentarei outros jogos, já na sexta tem o calvário do Guarani na Série B e no sábado o jogo do campeão Inter na Série B e vem muito mais por aí.

Em Itaquera, um enredo que tem a cara do Corinthians, um gol adversário logo no início, tensão na Arena, torcedores roendo os dedos, expectativa. Na etapa final, a explosão, o Corinthians foi com tudo, com alma, virou, meteu 3 x 1 no esforçado Fluminense e fez a festa da enorme parcela Corintiana do Brasil, o Corinthians é como o próprio nome em inglês (Corinthianos) sugere, uma NAÇÃO de Corinthianos, uma torcida que tem um time e um time Heptacampeão Brasileiro.


Uma etapa inicial que começou prejudicada com o gol adversário. Primeira bola da partida praticamente, a bola aérea um Deus nos acuda na defesa de Carille, é bom que se diga, falha da zaga, falha do menino Caíque França e gol do zagueiro Henrique. Depois disso o time teve o controle total da partida, com o Nense muito bem postado e fazendo o jogo que precisava fazer, atrás da linha da bola e atacando com velocidade e perigo, na boa, levantando bolas pra área em faltas cavadas e gerando muito incômodo nesse fundamento ainda a desenvolver pela defesa do Corinthians. Do lado do Timão, o time estava penso pro lado direito, atacando bastante com Fagner e Romero. Sim, saíram algumas boas chances dali, uma delas o menino Reginaldo travou muito bem, noutra Fagner chutou cruzado uma bomba e não conseguiu empurrar pro fundo do gol, mas faltava maior variação de jogadas para empatar e virar a partida, faltava Clayson entrar no jogo.


E o que pedíamos no intervalo aconteceu, sabe-se lá o que Carille conversou com Clayson que o camisa 25 voltou "on fire" e deu as duas assistências para Jô virar para o Corinthians com três minutos de etapa final. Jadson retornou do intervalo no time na vaga de Camacho, eu teria tirado Rodrigo, mas até aí, Carille sabe o que faz e fez muito bem. Jadson assim como ante o Avaí comandou as ações no meio, com passes precisos, movimentação, acertou primeiro a trave de Cavalieri depois fez um golaço. E fez um golaço de suma importância pois sem alternativa e ameaçado de rebaixamento, o adversário tentava crescer no jogo.

Daí em diante foi festa total, o jogo ficou parado por conta de sinalizadores e na volta o ídolo Danilo entrou em campo, uma homenagem singela ao jogador que quase perdeu a perna e teve chance de voltar a vestir a camisa que aprendeu a amar e foi um grande vencedor.

Houve um lance que tentaram dizer bobagem na internet, onde a bola bate na mão de Pablo, mas bolada na mão não é pênalti. Que mania suja e terrível de alguns de saberem que algumas reclamações não tem procedência nenhuma e ainda assim fazê-las na maior desfaçatez, como fossem baluartes em defesa de uma ética suja, personalista e cretina. A conveniência em desmerecer o feito do outro e ainda se colocando como fosse defensor da moral e da "riqueza" de caráter. Bem a cara do Brasil que estamos vendo atualmente. O que importa é que o jogo acabou com o resultado de vitória incontestável, como incontestável foi o desempenho do time no grosso de 35 rodadas para celebrar a conquista do SÉTIMO título Brasileiro, na Era do Campeonato Brasileiro, sempre importante exaltar isso.


Há que se exaltar e se aplaudir esse cara, Fábio Carille, pegou um time considerado antes da bola rolar para a temporada (e eu NÃO CONDENO meus colegas jornalistas por isso, a TORCIDA também estava muito apreensiva) a quarta força, talvez até quinta (dada a Ponte Preta) e com trabalho, com tudo que aprendeu com seus mestres Mano Menezes (apesar das reservas que tenho a ele e vocês sabem) e Tite e também com coisa boa que ele desenvolveu.

Carille montou um time que atuou de forma impecável no primeiro turno, com vitórias construídas em um método de jogo do qual não se pode tirar o mérito. "Futebol bonito", quem vai jogar "futebol bonito" no Brasil se o mercado internacional leva nossos talentos com um poder econômico absurdamente superior? Antes era "só a Europa" e vez em quando o Oriente Médio, hoje a China depena nossos times, depenou inclusive o Corinthians. Mas é "bonito" ver um contragolpe com trocas rápidas de passes, ver um time bem montado taticamente, tem muita coisa sim, BONITA neste Corinthians de resultados, campeão Brasileiro de 2017 e muito mérito de Carille nisso.

Sim, ninguém aqui é babaca de negar que houve uma queda de rendimento na virada para o returno, queda NATURAL, todos os times perdem desempenho em algum momento, ainda mais aqui, onde nenhum time é efetivamente (como elenco e investimento) um supertime. A queda pode ter sido mais acentuada do que se poderia sugerir, mas esse time é tão campeão, é tão consciente que reagiu na hora certa, logo num Dérbi e aí encaixou quatro vitórias seguidas, sendo que em três delas, contra o próprio Palmeiras, Avaí e Fluminense, propôs o jogo. É ou não um campeão inconteste?

Eu já não tenho muito contato com quem pediu a cabeça de Carille antes do Dérbi e duvido que algum tenha a coragem de se manifestar, mas essa nova arrancada serve de lição em relação a com qual cabeça devemos pensar a gestão do futebol, Carille não tinha de ser demitido, não tinha de sacar um lateral como Arana, não tinha de mudar o time todo e colocar a base em campo. Todos torcemos, amamos e queremos o melhor pro time, mas não se decide as coisas de cabeça quente e nesse aspecto, a atual diretoria tão falha, mandou muito bem e em nenhum momento sequer cogitou demitir Carille, tal qual não demitiu Tite após aquele episódio que conhecemos.



Por fim, quero destacar este cara aí. Agora, quem não tem humildade pra reconhecer que errou não vai assumir que era cético, que por vezes pegou até pesado com Jô. Não que ele em alguns momentos da carreira não tenha feito jus a isso, as baladas de BH e POA, as grutas, enfim, o conhecem bem. O amor (xii Adriano), é o amor o salvou, o amor pela esposa, pela família, Jô foi resgatado. Voltou a ser o atleta que é capaz e aí ele não tem larga carreira internacional e não jogou Copa do Mundo á toa.

Jô superou a desconfiança e fez nada menos que 18 gols no Brasileiro até então, não tenho (até porque sou comentarista, não gosto de fazer levantamentos) o levantamento de quantos gols de Jô decidiram partidas, mas tenho convicção de que foram muitos. Num time tão coletivo quanto o Corinthians, um título tem sim um herói e ele é um menino negro, da periferia, do TERRÃO de Itaquera, ele é Jô, o camisa 7, o herói do Hepta.


Agora vem a melhor parte da festa, eu deixo de ser o Cronista, o analista torcedor e vou comemorar, vou chorar de alegria, vou me enrolar a bandeira e trabalhar virado no outro dia, gritando É CAMPEÃO no ouvido de todo cidadão. Façamos nossa merecida festa! VAI CORINTHIANS! Vida, história, amor!



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Imagens: GazetaPress. 




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Adriano Garcia

Amante da comunicação escrita e falada, cronista desde os 15 anos, mas apaixonado pela comunicação, seja esportiva ou com visão social desde criança. Amante da boa música e um Ser que busca fazer o melhor a cada dia.

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