Amargura sem fim 
Foram tamanhos 60 anos desde que a Itália ficou fora de uma Copa do Mundo em 1958, anteriormente não participou da primeira edição da história em 1930, mas por não ter se inscrito, já em 1958 por não se classificarem, 60 anos depois a Itália repete o mesmo nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, mas eis que levantamos uma questão, será mesmo que essa geração italiana merecia se classificar? Pelos dois últimos fracassos na últimas Copa do Mundo. A seleção italiana vem jogando mal a anos e os seus últimos resultados sendo duas quedas ainda na primeira fase na Africa do Sul 2010 e na última Copa do Mundo no Brasil 2014 foram a maior prova disso.

O fraco jogo de ida contra a Suécia foi um dos pequenos reflexos da Itália nessas eliminatórias europeias, mas afinal? Era de se esperar isso se for levar em conta os fracassos recentes nos dois últimos mundiais, a péssima partida em Estocolmo criou um clima de pessimismo de toda capital italiana, mas o velho e histórico Giuseppe Meazza se encheu de esperança, com um mosaico com a bandeira da tetra campeã italiana. Uma esperança no místico, mais do que no trabalho do técnico e apontado o principal culpado pela eliminação Giampiero Ventura, que mais vez escolheu uma escalação contestável para a partida.


A Itália se foi junto a Antonio Conte, mudanças com equívoco 

Antonio Conte, hoje treinador e atual campeão inglês com o Chelsea tirou muito da Itália, colocando-a em condições de disputar com a Alemanha. Desta vez, viu o pressionado Ventura que fez mais uma de suas mudanças no time, no jogo de hoje a principal delas foi a entrada de Jorginho, recém naturalizado oficialmente e muito pedida pelos torcedores.

O jogador foi ignorado por Ventura durante toda as eliminatórias e avançada conversas com o técnico TITE para ainda poder ser convocado pela Seleção Brasileira já que o mesmo ainda não havia sido convocado pela Itália para competições oficiais, porém acabou sendo convocado nesta repescagem depois de muita pressão da torcida e da imprensa devido ao seu bom alto nível em Napoles, além de Jorginho, o técnico também tirou o veterano De Rossi e entrou com um companheiro de Roma: Florenzi. No ataque, saiu Belotti e entrou Manolo Gabbiadini, tentando dar mais força ofensiva, já que a do primeiro ficou bem além do que se esperava. O que concluímos em meio ao caos é que não faltou jogadores, faltou técnico!. A Itália tinha um centroavante que vem voando com a Lazio na Série A TIM, Ciro Immobile, tem zagueiros a nível mundial, como o trio Chiellini, Leonardo Bonucci e Barqrzargli, tinha o experiente De Rossi no banco que sequer entrou, assim como Gagliardini. Tinha Insigne no banco, outro que se quer foi adicionado a partida. Jorginho que por insistência foi um pequeno acerto nos tamanhos erros de Ventura foi titular pela primeira vez e foi um dos melhores em campo derradeiro e foi um dos melhores em campo. Faltou é ter um técnico como Antonio Conte que soubesse armar o time para buscar a história.


Doeu mais ainda para o maior simbolo da história italiana

Foram os minutos de entrevista mais sofridos da carreira de Gianluigi Buffon, de fato um dos últimos de sua extensa e vitoriosa carreira, o goleiro se encaminharia para a sua sexta copa do mundo consecutiva e seria o primeiro jogador na história a disputar as 6 copas do mundo em sequência, porém uma marca e um sonho de encerrar a carreira disputando a sua última copa do mundo foi interrompido pela fechada Suécia de Jan Andersson. Um roteiro que apenas resultou em palavras de um olhar em lágrimas de uma criança de 10 anos, mas tudo isso vindo de um alguém que já aos seus 40 anos conquistou tudo e marcou gerações, lembranças, recordes e glórias que o tornam para muitos o maior goleiro da história do futebol.

Para Itália o que resta é a mudança desde já, começando pela troca de seu equivocado treinador e em todo o plantel, está na hora da tetra campeã Itália começar a reorganizar suas categorias de base, tudo se remete também a uma enxurrada de estrangeiros que formavam as equipes nesta década, a tradição azurra fará falta nesta próxima Copa do Mundo, mas não fará essa geração atual pelos fracassos colecionados, Buffon o único sobrevivente de uma gloriosa era.
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Gustavo Araujo

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